terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

MP pede a prisão de Emerson Sheik

Menos de uma semana após a tragédia de Oruro em que o garoto boliviano Kevin Espada morreu, outra notícia deve abalar o Corinthians. O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro pediu a condenação do jogador Márcio Passos de Albuquerque, conhecido como Emerson “Sheik”, por contrabando de dois carros importados ilegalmente dos Estados Unidos.
Reportagem da ESPN revela que na mesma decisão, o MPF pediu a suspensão do processo contra Rodrigo Oliveira de Bittencourt, o Diguinho, do Fluminense. Contudo, condicionou a medida a uma lista de cinco condições. Uma delas é a proibição de o meia deixar o Brasil por mais de 30 dias, nos próximos dois anos, sem autorização da Justiça.
A decisão do processo deve ficar a cargo da Justiça Federal. Caso seja condenado, Emerson pode pegar uma pena de até quatro anos de prisão. Emerson Sheik e Diguinho também eram acusados por lavagem de dinheiro, mas no entendimento do procurador da República Sérgio Pinel as investigações não provam o cometimento deste crime.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Meteoro na Rússia fere quase mil e produz imagens assustadoras

O impacto de um objeto celeste com a atmosfera do nosso planeta feriu quase mil pessoas no sul da Rússia e produziu imagens assustadoras, nesta sexta-feira (15). Era um meteoro que se fragmentou em meteoritos e que danificou prédios e interrompeu ligações telefônicas. Também nesta sexta, um asteroide passou a uma distância relativamente pequena da Terra, mas astrônomos de várias partes do mundo disseram que esses dois fenômenos não têm ligação um com o outro.
 
O motorista filmou de dentro do carro a bola de fogo cruzando o céu. O brilho é tão intenso que provoca um clarão na cidade de Chelyabinsk, distante 1,5 mil quilômetros de Moscou. A impressão é de que a bola de fogo está muito perto e de que vai se chocar com a Terra.
O fenômeno deixa um longo rastro, uma cauda de fumaça. Os cientistas explicam que o termo “meteoro” se refere ao rastro luminoso provocado pela entrada de um corpo celeste na atmosfera. Já os pedaços menores, que podem atingir a superfície da Terra, são chamados de meteoritos.
Segundo as autoridades da Rússia, a rocha que veio do espaço tinha 12 metros de largura e pesava cerca de dez toneladas quando entrou na atmosfera da Terra a uma velocidade supersônica de 54 mil quilômetros por hora. Os cientistas dizem que entre 30 e 50 quilômetros da superfície ela se desintegrou em pequenas partes.
O governo russo explicou que, ao explodir no céu, o fenômeno liberou uma energia equivalente à de uma bomba atômica. Vários estrondos foram ouvidos na região.
O deslocamento do ar estilhaçou vidros. Alarmes de automóveis dispararam. Milhares de pessoas foram surpreendidas. Não tiveram tempo de se proteger. A porta de um galpão foi arremessada como se fosse feita de papel. O teto de outro galpão desabou. Cerca de mil pessoas ficaram feridas, entre elas centenas de crianças. No momento do impacto, os telefones celulares pararam de funcionar.
No Brasil, o astrônomo Júlio Lobo explicou o fenômeno. "Ele deve ter se fragmentado ainda muito alto, e isso provocou um boom sônico. Então houve um deslocamento de ar, por isso que nós vimos diversas janelas quebradas, e ele também causa perturbação no campo magnético", disse.
Meteoritos já caíram no Brasil. Um dos mais conhecidos é o chamado de Bendegó, que está no Museu Nacional do Rio de Janeiro. A rocha foi encontrada no sertão da Bahia no século XVIII.
Os cientistas explicaram que não tiveram como prever o meteoro da Rússia porque ele é considerado um corpo celeste pequeno e ainda não pode ser detectado. Esse meteoro coincidiu com a passagem, nesta sexta, de um asteroide perto da Terra. A passagem desse asteroide, que é bem maior, já havia sido prevista pelos astrônomos.
O DA14-2012, como foi batizado pela Agência Espacial Americana, pesa 130 mil toneladas e tem 45 metros de diâmetro, o equivalente a quase metade de um campo de futebol. O asteroide passou a menos de 30 mil quilômetros da Terra, distância considerada pequena. Os grandes satélites, usados em telecomunicações e sistemas de posicionamento global, ficam oito mil quilômetros além disso. Mesmo assim, não foi possível ver o asteroide a olho nu.
Alan Harris, cientista do Centro Aeroespacial da Alemanha, disse nesta sexta que a passagem do asteroide e o impacto do meteoro sobre a Rússia são mera coincidência. Essa é a mesma opinião dos cientistas da Nasa, que afirmam que a passagem do asteroide não tem nenhuma relação com o meteoro da Rússia.
Denton Ebel é o especialista em meteoritos do Museu de História Natural de Nova York. Segundo ele, os dois objetos astronômicos estavam em trajetórias opostas, e por isso não é possível que haja relação. E afirma: “Foi apenas uma coincidência.”