sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Comprar produtos importados será um bom negócio? – Eduardo Sobrinho

Uma verdade é que muita gente tem lucrado revendendo esses produtos comprados a preços muito baixos, a maioria contrabandeado e sem nota fiscal

É preciso tomar alguns cuidados. Com a baixa do dólar e o crescimento de países emergentes, como a China, detentor de tecnologia e grande exportador de produtos, como eletrônicos e utensílios domésticos, o mercado internacional tem abastecido consumidores do mundo inteiro e com o poder de compra mais elevado dos brasileiros na última década esses produtos têm inundado as casas residenciais e as prateleiras das lojas de “um real”. Agora é tudo made in China. Além de eletrônicos como celulares e netboocks, encontramos brinquedos, guardas chuvas, mochilas e tudo que você precisar de útil e inútil. Até sites conceituados aderiram às quinquilharias e andam vendendo “gato por lebre”. Há uns meses comprei um aparelho de barbear num deles que dava um ano de garantia e tinha o slogan de uma certa marca, só que chegou um produto chinês com a garantia de três meses.
Ul,ma verdade é que muita gente tem lucrado revendendo esses produtos comprados a preços muito baixos, a maioria contrabandeado e sem nota fisca o que tem preocupado o Governo, pois enfraquece o comercio interno e não arrecada o imposto sobre importação. A outra verdade é que muita gente é surpreendida com esse imposto, que gira em torno de 60% do valor do bem, que deve ser pago no ato de retirada nos Correios para produtos comprados em sites na Internet. A Receita Federal tributa uma pequena quantidade por amostragem por falta de pessoal, mas já foi anunciado uma série de concursos públicos para suprir cerca de 16 mil vagas em 4 anos para minimizar os prejuízos ao fisco e evitar o défict na balança comercial como em momentos do ano passado, fechando com saldo de importação maior que exportação.
 Os preços oferecidos são de dar água na boca. Quem nunca foi ao “feira  guai” e fez a festa com qualquer vinte reais? Todavia, o problema é que esses produtos geralmente não têm garantia e possuem baixa qualidade, alguns chegam a ser descartáveis, o que se faz necessário uma análise prévia se vale a pena adquirir algum produto nessas condições e está ciente dos riscos de perda que se pode ter se comparado com produtos nacionais ou adquiridos em lojas idôneas, mesmo pagando um pouco mais caro, com maior durabilidade e certeza de atendimento em caso de defeito além de assitência técnica. Ou seja, se for pra colocar algum valor no fogo, se queimar que seja pouco.

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